A Espada de Verão (Magnus Chase e os Deuses de Asgard #1) – Rick Riordan [Opinião]

17457854_1393066097383169_7675877794765465900_nTítulo Original: The Sword of Summer
Publicação: Abril-2017
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896578886
PVP: 17,76€ – Compra em www.wook.pt  
A minha classificação: 4/5 estrelas

Sinopse: A Espada de Verão, é o 1.º livro da nova série que desta vez nos apresenta uma aventura com os deuses nórdicos: deuses, magia, mitologia e muitas aventuras com os viquingues.
Rick Riordan traz a aventura, o mistério e o humor já tão característicos dos seus livros onde mistura a vida moderna dos jovens de hoje com a mitologia e história.
Uma série viciante, cheia de suspense e de problemas e surpresas para os heróis resolverem.

Opinião: A primeira vez que li Rick Riordan foi no ano passado, estreando-o com Percy Jackson. Li o primeiro livro mas confesso que depois de tanto ouvir falar dos FANTÁSTICOS livros que Percy Jackson eram, acabei desiludida pois achei a história demasiado juvenil. Mas então disseram-me que o personagem tinha 12 anos, então era normal sentir isso. Lá decidi dar uma segunda oportunidade a Rick Riordan com uma série mais recente, “Magnus Chase e os Deuses de Asgard”, igualmente muito falada mas com um protagonista uns anos mais velho. A conclusão a que chego é que a escrita de Riordan é demasiado juvenil para os meus gostos, seja com protagonistas de qualquer idade. O meu “eu” de 16, ou até mesmo 18 anos, talvez adorasse a escrita dele, mas o meu “eu” atual? Definitivamente, não.

E vocês perguntam-se porque dei 4 estrelas, se é um “não”. O meu único problema aqui é mesmo a escrita do autor. Acho que estes livros são fantásticos para pessoas entre os 11 e os 18 anos (mais ou menos), porque a forma como o autor decide desenvolver tudo, desde diálogos à ação, acaba sendo um pouco juvenil, principalmente para alguém com alguma bagagem literária, como eu, que já leu um pouco de tudo.

Porém, dei 4 estrelas pois gostei, se pusermos de parte a escrita do autor. Achei os personagens bastante engraçados e bem desenvolvidos. Gostei principalmente de Hearthstone (ilustração mais abaixo – personagem com o cabelo loiro), que mesmo sendo alguém da poucas palavras, é um ótimo personagem. Também achei graça à prespetiva que o autor mostra dos deuses nórdicos como Thor ou Odin. Embora não consiga imaginar um mundo onde Thor é descuidado e nada bonito (influências da Marvel hahaha), achei graça aos deuses e aos seus papéis na história. Foi também agradável esta mudança de “mundos”, onde aqui não reinam os deuses gregos, mas sim os nórdicos. Sem dúvida, que depois deste livro, vou querer ler mais livros e ver filmes que envolvam mitologia nórdica.

Resultado de imagem para magnus chase the summer sword fan art

A história, embora com um desenvolvimento mais direccionado ao público jovem, é cheia de aventuras e momentos bastante divertidos e dei por mim a realmente gostar de alguns acontecimentos como a parte do Hotel de Valhala ou a competição no mundo dos anões.
O final ficou um pouco aberto e embora tivesse dito a mim que não leria mais nada de Rick Riordan, sinto curiosidade em saber quais os planos de Loki (que me pareceu um ótimo vilão, bem desenvolvido na história). Não resisto e terei que ler a continuação das aventuras de Magnus Chase! hahaha

Se eu fosse mais nova, teria adorado ou AMADO este livro. No entanto, apenas gostei. Gostei mais do que o anterior livro que li do autor pois senti alguma evolução na escrita e na forma como o autor cria os seus personagens e respetivas personalidades. É um livro escrito para os mais jovens, mas não deixa de ser um bom livro, que diverte e encanta um leitor mais adulto com o seu mundo e personagens!

Uma leitura com o apoio dePlaneta

Anna e o Beijo Francês – Stephanie Perkins [Opinião]

16387199_1341203742569405_8636258543829571098_nTítulo Original: Anna and the french kiss
Publicação: 03-2017 (reedição)
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789897261763
PVP: 14,90€ – Compra-o em www.wook.pt ou http://www.leyaonline.com
A minha classificação: 5/5 estrelas

Sinopse: Anna Oliphant tem grandes planos para o seu último ano em Atlanta: sair com a melhor amiga, Bridgette, e namoriscar com um colega no cinema onde trabalha. Por conseguinte, não fica muito contente quando o pai a envia para um colégio interno em Paris. As coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz deslumbrante – que tem namorada. Ele e Anna tornam-se grandes amigos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas.

Irá Anna conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?

Opinião: Parece que todos já tinham lido este livrinho, menos eu. Então, com esta reedição lindíssima, decidi dar uma oportunidade à história de Anna “Elefante”. Embora de inicio estivesse curiosa, não percebia como é que poderia haver um beijo francês, se Anna não conhecera nenhum francês. Mas rapidamente dei por mim agarrada a este livro e a perceber o porquê do “beijo francês” no título. O que não percebo é porque demorei tanto tempo a ler este livro, porque é de facto muito bom, sem nada de muito complexo.

O Romance que se desenvolve não poderia deixar de ser lindo, cheio de romantismo. Adorei que a história se passasse em França e que a autora abordasse vários pontos pelos quais o país é conhecido: cinema, a sua comida, o amor. Senti-me facilmente envolvida na história, como se estivesse realmente em París, a visitar os vários lugares como a Catedral de Notre Dame. Ainda agora sinto alguma vontade de comer um croissant hahaha
Étienne é um personagem que adorei, assim como Anna e o seu grupo. Identifiquei-me imenso com Anna em várias coisas, principalmente no seu pavor de não saber Francês (é lindo de se ouvir, péssimo de se aprender). Mas afinal quem não se identifica? Anna é divertida mas tem tantos outros traços que representam muitos de nós, leitores, na nossa adolescência, sem dúvida. Não é chata em momento algum, como geralmente as protagonistas deste estilo de livros são. É a adolescente típica mas uma adolescente que adorei.

O romance e a história do livro foram absolutamente viciantes, deliciosos. Depois de ter terminado a minha re-leitura de ACOMAF (A court of mist and fury – Sarah J. Maas), sentia mesmo uma necessidade enorme de algo bastante mais leve mas envolvente mesmo assim e “Anna e o beijo francês” foi o livro ideal, que ultrapassou as minhas expectativas! O que gostei mais neste livro foi sem dúvida o local escolhido pela autora e o seu romance que, mesmo sendo simples, é cativante e agarrou-me desde as primeiras páginas. Também a escrita da autora é simples mas boa, sabendo desenvolver diálogos no ponto certo, de forma divertida assim como o romance que não podia ter sido escrito de forma melhor. Espero ler num futuro próximo os livros seguintes. Sei que não terão a Anna e o Étienne como protagonistas, mas espero encontrá-los lá!
O livro ideal para fãs de “Espero por ti” (Jennifer Armintrout) e “O Erro” (Elle Kennedy)!

Uma leitura com o apoio de18811087

Novidade Literárias – 24 a 30 de Abril [2017]

Leya – ASA, Quinta Essência, Dom Quixote

Quetzal

17883778_1413402198682892_2903830410709985481_n

 

 

 

 

 

 

 

Cavalo de Ferro

Se eu fosse tua – Meredith Russo [Opinião]

17361677_984667894999833_5217914283792169674_nTítulo Original: If I Was Your Girl
Publicação: Abril-2017 
Editor: Nuvem de Tinta 
ISBN: 9789896652197 
PVP: 16,30€ – Compra-o em www.wook.pt
A minha classificação: 5/5 estrelas

Sinopse: Só porque tens um passado, não quer dizer que não possas ter um futuro.
Mudar de escola no último ano e ser a miúda nova do liceu nunca é fácil para ninguém.
Amanda Hardy não é excepção: se quiser fazer amigos e sentir-se aceite, terá de baixar as defesas e deixar que os outros se aproximem.
Mas como, quando guarda um segredo tão grande?
Uma história inspiradora e comovente que nos enche o coração e nos ensina que o amor mais verdadeiro e profundo nasce da coragem de sermos nós mesmos.

Opinião: “If I was your girl” é o primeiro livro que leio cuja protagonista é transsexual. Já tinha lido alguns livros que incluíam personagens homossexuais mas nunca antes tinha lido nada com transsexuais e foi sem dúvida uma leitura surpreendente! A escrita de Meredith Russo é fluída e simples, no sentido em que nos agarra desde a primeira página. Simples mas cativante. E algo que adorei neste livro foi a forma brilhante em como a autora transmitiu o que tinha a transmitir: os sentimentos da personagem, ensinando-nos algumas lições também. É um livro brilhante, sem muita complexidade, mas que é triste e lindo ao mesmo tempo. Acho que o que tornou a história ainda mais real na minha cabeça foi saber que a autora é também transsexual como a sua personagem, pelo que chega-se a sentir que muito do que acontece no livro poderá ter acontecido na vida de Meredith Russo.

Amanda não é apenas uma personagem linda como também é forte e corajosa. Por tudo o que enfrentou e por tudo o que enfrenta. Esta pode ser a história de muitas pessoas que passam por uma mudança destas nas suas vidas, mudança essa que ainda hoje é vista de forma preconceituosa e mal compreendida pela sociedade. A voz da personagem é forte mas acima de tudo dá-nos uma visão interior do que realmente a vida de uma pessoa transsexual pode ser ou pelo menos ter sido. O que acontece no passado e presente com Amanda é triste, muito triste, ao ponto de me deixar totalmente sem palavras, revoltada e emocionada. Apesar de ser bastante triste ver tudo o que a protagonista sofre como consequência do seu desejo e sentir, a história acaba também por ser de alguma forma forte e bonita e foi isto que mais me agarrou e marcou neste livro. A escrita de Meredith é sobretudo envolvente e capaz de emocionar qualquer um. Mesmo agora, horas depois de terminar de ler o livro, não consigo parar de pensar nele.

No fundo, não sinto que este livro gire em redor do romance. Temos romance e é importante de certa forma, mas acho que no fundo a intenção deste livro é dar-nos a mostrar o outro lado, os sentimentos deste grupo de pessoas que ainda é tão julgado e incompreendido pelo ser humano. É um livro cheio de lições, cheio de emoções, que só me fez compreender melhor estas pessoas que aos olhos da sociedade não são normais, quer sejam elas de orientações diferentes ou transsexuais. Tal como a autora disse nas suas notas:

“Todas as pessoas são lindas e merecem que o seu corpo, identidade e atividade sejam respeitados”.

Não acho que alguma vez vá encontrar uma frase tão verdadeira e humana quanto esta!
O final, apesar de ter deixado em aberto a conclusão de uma determinada situação, foi bom e positivo. Não podia dar nada mais nada menos que 5 estrelas, pois este livro merece sem dúvida todo o sucesso que tem tido! É um livro, que assim como “O Coração de Simon Contra o Mundo” (uma novidade Porto Editora, com opinião já aqui no blogue!), que deveria ser lido por todas as pessoas, principalmente por aquelas que não compreendem a comunidade transsexual. Uma leitura obrigatória também, que tenho a certeza que muitos adoraram, assim como eu adorei!

E a propósito deste tema, não consegui deixar de me lembrar de um filme e uma série que falam ou ao menos incluem este tema! “Sense8” (trailer) é uma série que inclui um casal de duas mulheres, uma delas transsexuais, e são sem dúvida um dos meus casais favoritos de todo sempre (no mundo das séries). “A Rapariga Dinamarquesa” (trailer) conta-nos a história do primeiro homem a submeter-se a uma cirurgia de mudança de sexo. Ambos, série e filme, são ótimos, principalmente este último por nos dar uma visão completa e “informativa” do que é realmente um transsexual e o que este sente. Vejam-no, pois é mesmo muito bom, pelo seu tema e pelo seu elenco fantástico!

Literatura | “Desejo Concedido” (As Guerreiras Maxwell #1) de Megan Maxwell — Opinião

17760188_993519937447962_1570355836011636748_nTítulo Original: Deseo Concedido 
Publicação: Abril-2017  
Editor: Editorial Planeta 
ISBN: 9789896578916 
Compra-o em: www.wook.pt 
A minha classificação: 3,5 em 5 estrelas

Sinopse: O romance é passado na Inglaterra do século XIV. Lady Megan Phillips – jovem muito bela e lutadora cuja vida não tem sido fácil, e , o highlander Ducan McRae, acostumado a chefiar exércitos, a comandar batalhas e a sair vitorioso de todas.

Esta nova série tem como protagonistas mulheres com um intrépido espírito guerreiro, que perseguem os seus ideais e conjuga o romance histórico com o erotismo.

Opinião: “Desejo Concedido” é o primeiro livro da série Guerreiras Maxwell e é também o primeiro livro que leio da autora. Não sei se é o melhor livro dela ou o livro pelo qual deveria ter iniciado esta autora, pois isto só um fã sabe dizer-me, mas gostei desta estreia. Megan Maxwell tem uma escrita simples, fluida e sabe porporcionar ao leitor uma leitura muito divertida.
Gostei deste livro sobretudo pelos seus personagens principais, que pela sua teimosia me lembraram Jamie e Claire de Outlander, então não demorei muito a ganhar um certo carinho por eles e pela história, embora Megan, por vezes, tenha tornado-se um tanto irritante e imatura em insistir na sua rebeldia. Mas gostei deles e da sua teimosia. Continuar a ler

Literatura | “O Coração de Simon Contra o Mundo” de Becky Albertalli — Opinião

17362419_1390394094317036_4558227940742236658_nTítulo Original: Simon vs the Homo Sapiens Agenda 
Publicação: Abril-2017 
Editor: Porto Editora 
ISBN: 9789720048653 
PVP: 15,50€ – Compra-o em www.wook.pt 
A minha classificação: 5/5 estrelas

Sinopse:  Simon Spier tem 16 anos e os únicos momentos em que se sente ele próprio são vividos atrás do computador. 
Quando Simon se esquece de desligar a sessão no computador da escola e os seus emails pessoais ficam expostos a um dos colegas, este ameaça revelar os seus segredos diante de toda a escola.
Simon vê-se, assim, obrigado a enfrentar as suas emoções e a assumir quem verdadeiramente é perante o mundo inteiro.

Opinião: Se não leram este livro ainda ou se nunca pensaram em ler, do que estão à espera? Corram! Toca a lê-lo!
Recentemente, recomecei a ler livros deste género menos adulto (young-adult, talvez?), mas sobre este livro, não sabia o que esperar. Comecei com algumas expectativas, afinal é o livro de que toda gente fala, porém o inicio parecia-me uma narrativa à John Green: sem grande desenvolvimento, com diálogos “atoa” e que não contribuíam nada para a história. PORÉM houve um momento na história, ainda no inicio desta, que serviu de “clique” e então agarrei-me totalmente ao livro. Devorei-o e terminei-o a querer mais!

Vou começar por mencionar o quanto adorei as referências a Harry Potter! Só por isso, o livro já me conquistou. Foi sem dúvida um livro cheio de referências fantásticas que vieram torná-lo ainda mais divertido.
Porém este é um livro que aborda vários pontos sensíveis, como a homossexualidade e o bullying perante este último ponto. Cheguei a sentir-me triste, revoltada e, sobretudo, emocionada, pelos vários acontecimentos que decorreram ao longo da história. Não sei realmente por em palavras o quanto este livro mexeu comigo em vários níveis, deixando-me num turbilhão de emoções. Foi triste e irritante conhecer certos personagens que se comportaram de forma errada com Simon, ao chantageá-lo ou ao gozar com este acerca da sua orientação sexual. Isto poderia perfeitamente ser uma história real, pois este é um assunto que ainda não é visto com bons olhos por grande parte da sociedade e é isto que ainda torna tudo mais emocionante e triste. Porém Simon é um personagem único, forte, corajoso, que consegue lidar com tudo o que lhe acontece de uma forma que deixa qualquer leitor orgulhoso e feliz, como me deixou a mim.

13047090
Claro que existem os outros personagens como Abby, Leah e Nick que estão lá com ele. São personagens que gostei também de conhecer. Num geral, gostei dos personagens criados por Becky. São reais, engraçados mas acima de tudo inspiradores de alguma forma, pelo modo como agem em relação à revelação de Simon.

51QiUCgL8hL._SY344_BO1,204,203,200_

Falando também da outra parte da história, do seu romance: Confesso que desta vez, fui apanhada de surpresa! Não esperava realmente que o Blue fosse aquele personagem, mas foi uma agradável surpresa. O que acontece após Simon descobrir quem está por de trás dos e-mails, fez-me sorrir imensas vezes. Um livro engraçado mas também um pouco triste, acabou por tornar-se em algo bonito, inspirador, que tira um sorriso a qualquer pessoa. Achei realmente fofinho o romance que é desenvolvido nas páginas finais. Não encontro outro adjetivo melhor, pois “fofo” é a palavra que me veio à cabeça a cada beijo, a cada abraço, a cada momento entre o Simon e o seu misterioso Blue.

Comecei este livro um pouco desiludida, pois tinha certas expectativas. Mas adivinhem? Num abrir e fechar de olhos, dei por mim envolvida na história, mergulhada num mar de emoções. Foram muitas as gargalhadas que este livro me porporcionou, assim como sorrisos de orelha a orelha, mas também houve momentos que me deixaram triste, revoltada, ao ponto de sentir lágrimas nos olhos, pois afinal todos somos iguais, todos temos direito a amar seja quem for, homem ou mulher, e é triste e vergonhoso saber que há pessoas que não sabem respeitar e aceitar esta verdade.
O título não poderia fazer mais sentido (até prefiro o nosso, ao original)! “Simon vs the homo sapiens agenda”, em inglês, é uma leitura obrigatória, para todas as pessoas de todas as idades, principalmente para aqueles que como Simon sentem-se ameaçados pelo mundo por serem “diferentes”. É um livro que me marcou de uma forma inexplicável e que se tornou num dos meus favoritos deste ano, sem dúvida.

Uma leitura com o apoio degrupo_porto_editora_novo

Por Treze Razões – Jay Asher [Opinião]

51QiUCgL8hL._SY344_BO1,204,203,200_Título Original: Thirteen Reasons Why
Publicação: Abril-2017 (reedição)
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722358934
PVP: 13,90€ – Compra-o na editora em www.levo.pt ou em www.wook.pt 
A minha classificação: 3,5/5 estrelas

Sinopse: Ao regressar das aulas, Clay Jensen encontrou à porta de casa uma estranha encomenda com o seu nome escrito, mas sem remetente. Ao abri-la descobriu sete cassetes com os lados numerados de um a treze. Graças a um velho leitor de cassetes, Clay é surpreendido pela voz de Hannah Baker, uma adolescente de dezasseis anos que se suicidara duas semanas antes e por quem estivera apaixonado. Na gravação, Hannah explica os treze motivos que a levaram a pôr fim à vida. Guiado pela voz de Hannah, Clay testemunha em primeira mão o seu sofrimento e descobre que os treze motivos correspondem a treze pessoas…

Opinião: Deixem-me, desde já, dar-vos uma sugestão: Leiam o lado A da primeira cassete (ou seja, o primeiro capítulo) e de seguida vão ver o primeiro episódio da adaptação da Netflix! Porquê? Acho que de alguma forma esse episódio virá a dar uma sensação mais real e mais dura do que realmente aconteceu com a protagonista, do que a fez a fazer o que fez, tal como vos dará uma visão diferente sobre este livro, e assim tenho a certeza de que irão gostar muito mais dele, do que gostariam se não seguissem este meu conselho.

De inicio, até ter visto o primeiro episódio, não me adaptei facilmente ao livro, pois a escrita do autor não é nada de especial. Por vezes senti que esta tornava tudo mais lento e mais… sem sentido. No entanto, após ver então o primeiro episódio, correspondente à Cassete nº1 lado A, dei por mim a perceber melhor tudo, a gostar mais do livro, ao ponto de não o conseguir largar, por querer saber o que se seguiria e quem seriam as “razões” que levaram Hannah a suicidar-se.
Comecei por aconselhar-vos a verem a série à medida que vão lendo, pois não sendo a escrita do autor a melhor, existem certas situações ou até mesmo certas razões que Hannah dá nas cassetes, que acabam por não parecerem nada de mais. Levam o leitor a questionar-se se Hannah não estaria a dramatizar ou simplesmente a dar muita importância a coisas sem a gravidade que esta dizer serem graves. Acho que porque a escrita não era “grande coisa”, não sentia nada e acabava por achar situações um tanto “banais”, porque afinal de contas… quem nunca passou por situações de ser alvo de gozo ou de boatos ou reputação? Quem não foi traido por alguém em quem confiava? Mas de facto, ao ver o primeiro episódio, comecei a prestar melhor atenção ao livro, ao que lia e conclui que não eram apenas coisas banais, mas um acumular de situações graves, uma bola de neve em constante crescimento até terminar num desastre. Às vezes uma imagem vale mais do que mil palavras e ajuda imenso termos a série já disponível, para nos ajudar a perceber melhor certas “razões” que não parecem nada demais ao serem lidas pela primeira vez. Obviamente que não estou a dizer que o livro não seria a mesma coisa sem a série, porque este é bom, real e bastante original!
E assim, acabei por gostar de um livro, que ao inicio não me agradava pela sua escrita mas que me prendeu pela sua história, que poderia ser a história de uma pessoa que tivéssemos um dia conhecido, pois todos os dias, imensas pessoas passam por situações deste tipo: por bullying, por abuso, etc.
Não vou dizer que é um livro com uma história bonita, porque não é. É negro e triste ver o que aconteceu com a protagonista e como ninguém a ajudou, mesmo esta dando sinais de precisar de salvamento.
Eu gostei do livro, apesar da sua escrita, pois aborda um tema complexo e nada positivo, ao qual a sociedade não dá muita importância, generalizando. É um livro também de reflexão, que deveria ser leitura obrigatória, inclusive nas escolas, para que todos tenhamos noção que os nossos atos podem afetar outras pessoas ou levá-las ao limite. Quem sabe algumas pessoas não refletissem melhor antes de agir (isto relativamente aos praticantes de bullying). É um livro que recomendo a todas as pessoas, de qualquer idade, pelo seu tema e pela história, sem dúvida!

Para mais informações do livro Por Treze Razões, clica aqui!

Uma leitura com o apoio de13866769_821828817951392_862605751_n

A Rainha Subjugada (The Plantagenet and The Tudor Novels #11) – Philippa Gregory [Opinião]

17458023_1391092204247225_5168259659799689993_nTítulo Original: The Taming of the Queen
Publicação: Abril-2017
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896579012
PVP: 19,95€ – Compra-o em www.wook.pt 
A minha classificação: 4/5 estrelas

Sinopse: Intriga, ambição, poder, amor e história, com uma pesquisa rigorosa e contada de forma soberba sobre Catarina Parr.
A última e sexta mulher sobrevivente de Henrique VIII. Uma mulher forte, intelectual, culta e de uma beleza cativadora.
Novo livro da série Os Tudor, de Philippa Gregory, a escritora consagrada e mais lida do romance histórico em todo o mundo.

Opinião: Iniciei este livro completamente entusiasmada e terminei-o… bastante surpresa. Surpresa num bom sentido. Para alguém que goste de história, como eu, este livro é como um doce para os mais gulosos. Decidi dizer que fiquei surpresa no final de tudo, pois apesar de me considerar “culta” no que toca a história da dinastia Tudor, não fazia ideia de muita coisa que aconteceu durante os últimos anos de Henry VIII, tal como não dava muita importância a quem Kateryn Parr havia sido (para além da 6ª e última mulher de Henry VIII). Isto não é um romance histórico, de forma alguma. Para mim, isto é um livro repleto de história e informações para os mais ávidos e curiosos, como eu. Mas não deixa de ter aquele romance proibido pelo meio, assim como não deixa de ter alguma fição, pois imaginem só a dificuldade da autora em reunir a maioria da informação que surge neste livro.
Kateryn Parr (ou Catarina), a última rainha consorte do tirano que assassinou duas anteriores mulheres, foi uma total surpresa para mim. Não sabia nem 10% do que a autora me foi apresentando ao longo das páginas. Esta é mais do que apenas uma mulher que teve de abandonar o seu amado e casar com o rei de Inglaterra. É a mulher que sobreviveu e que uniu uma família real separada por mães diferentes.
Philippa Gregory vem mais uma vez mostrar-nos o reinado de Henry VIII pela visão da sua mulher, sem desiludir. A sua escrita é incrível: agarra-nos, faz-nos devorar página atrás de páginas, avidos por mais informações, por mais história. Até mesmo a parte religiosa da história, que foi um dos pontos mais desenvolvidos neste livro, torna-se interessante, principalmente para mim que não sou muito fã de religião. Embora tenha-se tornado cansativo, a certo ponto, de ler tanto sobre protestantes, Deus, pregadores (o que é demais, enjoa, como se costuma dizer), gostei de saber mais sobre esta fase da história, em que Inglaterra estava dividida e ainda a caminho de concluir a sua reforma. De inicio não percebia o porquê da rainha estar envolvida neste assunto, mas rapidamente apercebi-me que Kateryn foi uma figura histórica incrível e que contribui bastante nesta fase histórica de Inglaterra.
Algo que não esperava era ver o quão “mau”, arrogante e tirano era Henrique. Cheguei a ficar chocada com a forma crua como a autora decidiu apresentá-lo neste livro. Conhecia a sua história completa apenas pela série The Tudors, tendo só lido dois livros (ainda) da autora que envolvem este rei, pelo que percebi que era um rei que nada de bom tinha, que era louco e um perigo para a sua corte, o seu país e até mesmo para a sua família.

Como “fanática” por história, principalmente por esta dinastia, por mim ficaria aqui um dia inteiro a falar sobre este livro hehe. Não é um livro extremamente fácil de ler, pois são dadas imensas informações ao longo das páginas, por isso há a necessidade de assimilar toda essa história. Mas num todo, isto não é um ponto negativo pois foi um livro que adorei, tal como esperava adorar. É aqui que vemos os últimos anos do maior tirano de Inglaterra, pelos olhos de uma mulher que acabei por admirar imenso ao longo do livro. É um livro também chocante em certas partes, pois desconhecia muita coisa que tinha acontecido. A única coisa que poderia ter tornado este livro melhor era não haver tanto desenvolvimento a nível de religião, na minha opinião.
É um livro que recomendo e que nenhum fã incondicional de história, e desta época, pode perder!

Uma leitura com o apoio de500_9789892336435_confia_em_mim

Entre as Linhas – Jodi Picoult e Samantha Van Leer [Opinião]

451qiucgl8hl-_sy344_bo1204203200_3Título Original: Between the Lines
Publicação: Março-2017
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722531931
PVP: 16,60€ – Compra-o em www.bertrand.com ou em www.wook.pt 
A minha classificação: 4/5 estrelas

Sinopse: Delilah não consegue parar de ler o seu conto de fadas preferido. As outras raparigas da sua idade já começaram a namorar e são populares, mas ela prefere o conforto de um final feliz e de saber que não vai ter surpresas. Até que lhe acontece a maior surpresa de todas… Oliver é o príncipe encantado do conto de fadas de que Delilah tanto gosta. Um dia, ele olha para ela da sua página e começa a falar. É um milagre que a princípio parece perfeito… mas depois fica tudo virado do avesso.

Agora Delilah vai ter de decidir: vai ajudar o príncipe Oliver a sair das páginas do livro? Ou será a sua oportunidade para mergulhar nas páginas de um final feliz?

Opinião: Nunca antes tinha lido nada da autora mas sinto que comecei da melhor maneira, mesmo este livro sendo escrito em conjunto com a filha da autora! Algo simples mas mágico ao mesmo tempo. Li algures uma opinião não muito positiva, de que este livro era um tanto infantil. Não é um livro tão “adulto” em termos da história, mas também não é um livro infantil. É um livro, que na minha opinião, não tem idade. É um livro que pode agradar tanto uma criança de 12 anos como um adulto de 30, ou então alguém entre essas idades, como eu! A escrita é simples, sim, ou seja, não é muito desenvolvida, mas que não vem prejudicar de todo a história, que mesmo tendo um toque infantil pelo óbvio, e eu gostei realmente deste livro por isso. Recordou-me a minha infância, por todo este tema de contos de fadas e da sua magia, ao mesmo tempo que veio na altura ideal. Às vezes sabe bem ler algo assim leve, sem muita complexidade mas que é tão bom quanto um livro mais complexo.

As personagens foram um ponto que adorei sem dúvida! São divertidas, mágicas, assim como a história. Não me apaixonei pelo príncipe Oliver, como Delilah (hahaha), mas apaixonei-me pela história e pelas suas aventuras, o que sinto que era essa a intenção de Jodi Picoult, no fundo. O conto de fadas é também integrado na história. Não apenas como um “sujeito ausente”, sobre o qual se fala mas que não chegamos a conhecer. Temos também direito a ler o conto de fadas pelo qual a protagonista é tão obcecada e adorei ler cada página deste! É sem dúvida um livro divertido, com uma história original, que pelo menos eu nunca li antes, o que o torna especial e tão mágico para mim.
Quando o agarrei pela primeira vez, esperava uma coisa, mas este acabou por revelar-se algo diferente, mas sem deixar de ser bom, o que é raro, porque ou um livro é o que esperamos e acabamos por gostar deste ou não é e acaba por desiludir. Mas gosto quando um livro me mostra algo diferente, inesperado mas que no fundo acaba por agradar-me tanto ou mais como esperava.

Só esperava algo mais do final, isto é, esperava ver um epílogo ou de saber o que aconteceria depois de que outros soubessem do que acontecera, mas gostei mesmo assim. Não sabia realmente o que poderia acontecer no final, se Delilah conseguiria tirar Oliver do livro ou não, mas foi de facto um final um tanto inesperado e bonito, o que combinou na perfeição com todo o seu desenvolvimento de história.
Quanto às ilustrações: gostei da ideia de ir inserindo-as ao longo da história, tanto as pequenas como as imagens ilustrativas do conto de fadas, tendo adorado sobretudo estas últimas, que apesar de um pouco pormenorizado e “complexo” para um conto de fadas, estavam muito bem trabalhadas!

Um livro que recomendo, principalmente para quem nunca leu nada da autora, como eu, pois não imagino que possa haver melhor livro para começar a segui-la!

Uma leitura com o apoio de13417381

A Court of Mist and Fury (ACOTAR #2) – Sarah J. Maas [Opinião]

51qiucgl8hl-_sy344_bo1204203200_Publicação: Maio-2016
Editor: Bloomsbury
ISBN: 9781619634466
PVP: N/A – Variável de site para site – Compra-o em www.wook.pt 
A minha classificação: 5/5 estrelas

[Atenção: Esta opinião contém spoilers para quem não leu o primeiro livro, porém não darei spoilers deste livro em questão]

Sinopse: The stunning sequel to Sarah J. Maas’ “New York Times “bestselling “A” “Court of Thorns and Roses.”Feyre survived Amarantha’s clutches to return to the Spring Court–but at a steep cost. Though she now has the powers of the High Fae, her heart remains human, and it can’t forget the terrible deeds she performed to save Tamlin’s people.Nor has Feyre forgotten her bargain with Rhysand, High Lord of the feared Night Court. As Feyre navigates its dark web of politics, passion, and dazzling power, a greater evil looms–and she might be key to stopping it. But only if she can harness her harrowing gifts, heal her fractured soul, and decide how she wishes to shape her future–and the future of a world cleaved in two.With more than a million copies sold of her beloved Throne of Glass series, Sarah J. Maas’s masterful storytelling brings this second book in her seductive and action-packed series to new heights.

Opinião: Parem de ler esta opinião e vão ler ACOMAF! Acho que isto diz tudo, certo? hahahaha Mas não parem, podem continuar a ler, porque preciso mesmo de partilhar o quão, quão, quão bom foi este livro. Digamos que esta é a minha leitura favorita de Janeiro e de TODO. O. SEMPRE. Como é possível um livro tornar-se o favorito de sempre? Adoro Harry Potter, adoro Outlander, adoro Trono de Vidro, adoro Cassandra Clare… Mas A Court 13417381.jpgof Mist and Fury… superou tudo, TUDO mesmo, não só por ser tão viciante, intenso, mas porque basicamente não me sai da cabeça… e já o li há quase um mês.
Eu adorei ACOTAR, principalmente por ser um re-telling de Beauty and the Beast, mas tenho que concordar com algo que vi na internet “ACOTAR é um como um prólogo, um prólogo muito longo, e o verdadeiro livro é ACOMAF”. Porque é mesmo. ACOTAR não é nada comparado a ACOMAF. ACOMAF é simplesmente FANTÁSTICO, intenso, viciante. Agarrou-me de uma forma como nunca nenhum outro livro me agarrou (digo isto, porque isto é um livro de 600 e tal páginas, um calhamaço, que li em dois dias… haha), e pelo que ainda a ver em grupos de discussão, não fui a única a ficar em casa, sem sair, totalmente agarrada a esta história fantástica. Por isso, sim, podem ver o quanto o adorei e o quanto o recomendo. Mas claro, convém ler o primeiro livro “A Court of Thorns and Roses”…

Neste livro é nos apresentado um mundo mais detalhado, muitas mais personagens. Vamos além do mundo humano e da Spring Court. Temos também direito a conhecer a Night Court e Summer Court, e espero que no terceiro livro (CUJA CAPA JÁ FOI REVELADA!!! E é linda, e tudo mais… Deixo-a mais abaixo 😉 ) possa conhecer as outras Courts. Se achei o mundo Fae fantástico e mágico em ACOTAR, neste livro… superou as minhas expectativas. Esta é talvez um dos tipos de fantasia de que mais gosto. Mas claro, nada seria possível sem o talento da Sarah J. Maas que escreve de tal forma que nos transporta para Prythian da melhor forma possível. Acho que além de Hogwarts, não me importava mesmo nada de viver em Prythian, principalmente na Night Court hehehe
51qiucgl8hl-_sy344_bo1204203200_Mas sobre as personagens… Este livro foi repleto de personagens fantásticas, que me conquistaram totalmente. Cassian, Azriel, Mor, Amren são personagens que adorei conhecer. Mas o Rhysand… Bom, é o Rhysand e é o melhor personagem masculino que já conheci de todos os livros que li até hoje. Basicamente, o Rhysand é o meu personagem favorito e uma das principais razões porque AMEI este livro. Quanto à Feyre… nota-se uma enorme evolução entre livros. No primeiro, só simpatizava. Não gostava assim tanto dela, mas neste livro… Sem dúvida, que a adorei! Embora ela não ultrapasse a Celaena Sardothien, porque a Assassina de Adarlan é a personagem mais badass que já conheci.

Se eu fosse opinar sobre tudo o que achei deste livro, nunca mais sairia daqui e a opinião já está enorme…
Então, é isto, resumindo a meia dúzia de palavras hahahahaha ACOMAF foi “brutal”, foi viciante, foi intenso, e se eu não tivesse outros livros da Sarah J. Maas para ler, acho que a esta hora estaria a sofrer de uma ressaca literária, porque Sarah J. Maas é sem dúvida a melhor autora para nos pôr numa ressaca literária mas também para nos tirar dela. Posso já revelar que após este livro, li “Heir of fire“, “The Assassin’s Blade” e “Queen of Shadows“, por isso este mês será repleto de opiniões de Sarah J. Maas 🙂

E por fim, aqui fica a capa do terceiro livro, cujo o título já revelado é “A Court of Wings and Ruin”. I’m so excited!!!51qiucgl8hl-_sy344_bo1204203200_